Quarta-feira, 18 de Março de 2009, 17h01
A discussão sobre a disponibilidade do conteúdo dos canais pagos na Internet está longe de acabar. Para o diretor corporativo e de relações institucionais do UOL, Gil Torquato, a presença deste conteúdo na Internet é inevitável, e questiona o descontentamento de operadores como a Net em relação a essa questão. "Eles acharam que iam ter o monopólio da distribuição do conteúdo no Brasil?", pergunta.Para Torquato, a briga dos operadores deve ser com as janelas anteriores, como o cinema ou o home video, para tentar diminuir o tempo entre a exibição nessas telas e na TV paga. "Quanto mais simultâneo, melhor", diz. Para ele, a operadora não deve se preocupar com o fato dos portais oferecerem o conteúdo em vídeo gratuitamente. "Nós pagamos esses conteúdos, remuneramos o produtor. Mas, se eu ofereço o conteúdo de graça para o usuário, o problema é meu. Esse é o meu modelo de negócios", afirma.O diretor ainda provoca a operadora Net - cujo presidente, José Felix, afirmou em entrevista à revista TELETIME de março estar descontente com essa distribuição de conteúdos da TV paga pelos portais - em relação à presença de um provedor de acesso para a operação de banda larga da empresa. "A Net oferece acesso à Internet sem um provedor. Isso é contra a lei", conclui.Na verdade, a questão do provedor é polêmica (e também foi objeto de reportagem na TELETIME de março), já que a regulamentação não é simétrica em relação aos serviços de acesso oferecidos pelas concessionárias de telefonia, operadoras de cabo, empresas de SCM e operadoras celulares.
Daniele Frederico
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