sexta-feira, 27 de novembro de 2009

IPTV: a guerra dos meios

Quantos serviços sua operadora oferece entre canais de TV, telefonia e Internet? E os “combos”? Uma infinidade de vantagens e benefícios. Mas você tem de ser fiel: ou assina esta ou aquela operadora. A IPTV, por sua vez, é a liberdade de decisão do que, quando e como se assiste à televisão.

O mercado das comunicações está cada vez mais disputado e democrático. A disputa publicitária pelo horário nobre, entre as empresas de telecomunicações e as de TV a cabo, é uma programação à parte para os telespectadores.

Programação, transmissão e conteúdo emergem na nova era da comunicação e do entretenimento de modo bastante diferente em relação ao formato que todos nós conhecemos. A IPTV possibilita a transmissão, via IP (Protocolo de Internet), de conteúdo que pode ser acessado pelo computador ou pela própria televisão. Assim como os celulares, a IPTV deve mudar seu status, em breve, de artigo de luxo para item básico e praticamente obrigatório no dia a dia das pessoas.

A consultoria ABI Research estima que o mercado mundial de IPTV crescerá, anualmente, cerca de 32% nos próximos cinco anos. No final de 2014, haverá aproximadamente 79 milhões de assinantes deste tipo de serviço em todo o mundo.

De acordo com a consultoria, as taxas de crescimento de plataformas convencionais de TV por assinatura, como satélite e cabo, desacelerarão nos próximos anos, à medida que a IPTV avançar.

A IPTV é mais uma mídia que desponta para a transmissão de conteúdo multimídia. Não será mais necessário ir à locadora, pois esta tecnologia permite assistir, em sua casa, aos lançamentos de filmes e a seus programas preferidos, ou seja, com total flexibilidade e liberdade de escolha.

A expansão do serviço também enfrenta desafios. Além de questões regulatórias, sua transmissão demanda banda larga de qualidade, de 15 Mbps (megabits por segundo) a 20 Mbps, e esta infra-estrutura, por enquanto, é acessada pela menor parcela da população.

A propósito, a IPTV representa uma excelente oportunidade para as operadoras de TV a cabo, já que a economia agregada pela tecnologia IP permite até dobrar o número de canais disponíveis e, ainda, possuir banda suficiente para ampliar os serviços - entre eles uma oferta melhor e mais ampla de interatividade, sem muita alteração na rede destas empresas. Trata-se da convergência entre a programação televisiva e a capacidade de interatividade da Internet.

O sistema de conteúdos digitais de TV, áudio e vídeo, por meio da banda larga, é a transição para a distribuição digital destes conteúdos. Esta é a verdadeira convergência digital já anunciada e esperada pelos consumidores, que, por sua vez, estão cada vez mais exigentes em relação à liberdade de escolha. E com qualidade, é claro.

É uma profunda modificação no mercado de comunicações e do entretenimento. O novo mundo das comunicações se abre para todos. A “guerra dos meios” é irreversível e ganha cada vez mais força.

Agora, cabe às empresas investirem em infraestrutura (e publicidade) para que, assim, a melhor vença a “guerra”.

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